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segunda-feira, agosto 01, 2005

Ironias da Vida... 

São muitas as ironias da vida... um delas foi o encerramento do "velhinho" Comércio do Porto, colocando mais jornalistas no desemprego (juntem-se ao clube!...).
Ironia: Fui despedido por ter cria um blogue, os jornalistas do Comércio criaram um blogue depois de serem despedidos.
Ironia: Gostava de saber se os comerciais do Comércio vão voltar de braços abertos para o Primeiro de Janeiro... e gostava de ver a reacção das chefias... ia ser lindo...
Meus amigos, aguentem-se à bronca!!!!

Isto sim, é uma ironia!...
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quinta-feira, abril 21, 2005

Um ano depois... 

Um ano depois... e tudo continua na mesma!!!
Serenamente, continuamos a aguardar o desenrolar, na barra dos tribunais, dos processos que estão a decorrer em simultâneo...

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sábado, dezembro 25, 2004

Um Feliz Natal... 

No Natal, esquecemo-nos do frio, da chuva, dos nossos problemas e até do mundo; mas nunca nos esquecemos dos nossos amigos. Para todos os que se consideram amigos deste Diário, um feliz Natal e um excelente 2005.
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terça-feira, novembro 30, 2004

Ironias da vida... 

Na edição da passada Sexta-Feira, 26 de Novembro de 2004, este secular jornal de "referência nortenha", pela mão da simpatiquissississima Ana Caridade (qual ódio de estimação), publicou o seguinte primor:


"Porque inovar é preciso, O PRIMEIRO DE JANEIRO, apesar de secular, não se esquece daqueles que se destacam pela criação e pela novidade. Assim, Pacheco Pereira viu o seu blogue Abrupto ser distinguido com o Prémio Inovação, o primeiro prémio a ser atribuído a um blogue."

E não é que, conhecendo a realidade, JPP aceitou o convite e lá foi, ao salão Preto e Prata receber o tão galardoado prémio???

Alguém, pelo amor de Deus, me elucide acerca do que aqui tem sido relatado nos últimos oito meses???

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terça-feira, novembro 23, 2004

"Carta a Nassalete Miranda" 

Agradeço ao Vasco Vieira ter-me alertado para um texto publicado aqui e que tem seguimento aqui.

Em poucas palavras, J P Meneses, colaborador do "PJ", escreve que "No local onde moro (Vila do Conde) o órgão de comunicação social mais bem informado e mais equilibrado jornalisticamente é o suplemento semanal de O Primeiro de Janeiro - várias vezes assinei artigos de opinião sobre temáticas locais nesse suplemento.
No da última semana, porém, sucedeu algo - na minha opinião - intolerável: nas páginas de publicidade, da responsabilidade do departamento comercial, apareceu uma entrevista de carácter jornalístico (neste caso, ao Presidente da Câmara). Uma entrevista sem critério (o jornal tinha entrevistado o mesmo protagonista há pouco tempo) e que abre precedentes gravíssimos: a redacção entrevista uns, os comerciais outros? Quem tem dinheiro é entrevistado?
Escrevi, como leitor e colaborador do suplemento, uma carta (indignada) à directora do PJ, como artigo de opinião. Para ser publicado. Mas não o foi.
"

A referida carta pode ser lida no segundo link aqui mencionado e que passo a transcrever:



Carta aberta à Directora do PJ

Nassalete,

Entendo partilhar com os leitores do nosso suplemento algo que me desagradou profundamente na última edição.

E faço-o convicto de que tenho essa legitimidade. Não apenas a de leitor semanal, também a de colaborador irregular, mas sobretudo a de ter – publicamente (até na concorrência) e mais do que uma vez – elogiado a aposta de O Primeiro de Janeiro em Vila do Conde. Uma aposta que me parece continuar a ser merecedora de elogios.

Como acho que o nosso suplemento deve ser cada vez melhor, entendo que é preciso encontrar formas de evitar que se repita o que aconteceu faz hoje oito dias: uma entrevista de carácter jornalístico feita pelo sector comercial.

A Nassalete saberá melhor do que eu os limites impostos pelas leis (nomeadamente o Estatuto dos Jornalistas) e que uma situação dessas configura uma adulteração do espírito do legislador – no mínimo...

Por outro lado, sabendo-se das dificuldades que o mercado publicitário apresenta, assiste-se cada vez mais ao aparecimento de fórmulas que misturam marketing com jornalismo. E olhe que não me estou a referir ao nosso jornal; há outros – com muito mais meios e ambições – que confundem tudo, para tentar safar as contas do final do ano.

Portanto, que fique claro que não me manifesto contra as tentativas do sector comercial de valorizar os patrocinadores que pagam as respectivas páginas de texto, fotos e anúncios (embora se pudesse pensar numa designação menos ambígua do que “Especial”).

O problema, Nassalete, é outro: a entrevista é anti-jornalística, como se pode constatar pelo tom claramente elogioso que usa (o mesmo aconteceria se fosse depreciativo), pelos adjectivos recorrentes (ou, se fosse o caso, insultos) e pelas perguntas de “treta”.

Para um leitor mais ou menos atento do nosso suplemento, uma entrevista como aquela terá causado alguma estranheza: desde logo o facto de não estar assinada (que é uma forma de desresponsabilização e de menorização) mas, principalmente, pelas perguntas que são feitas!

Como é que se pode admitir que alguém do nosso suplemento – que acompanha como nenhum outro meio a vida local – faça as perguntas que lá aparecem? Dois exemplos: “como têm sido cumpridas as prioridades estabelecidas para este mandato?” ou “que papel tem desempenhado a autarquia no sentido de potenciar o desenvolvimento do concelho?”. São perguntas de quem está a leste da realidade, de quem não sabe nada do que se passa (e, pelos vistos, não tem de saber) e de quem não tem informação para contrapor, para pormenorizar, para destacar este ou aquele pormenor.

É uma invasão intolerável de sectores que devem estar afastados da produção jornalística! É uma forma de baralhar e de, inconscientemente, enganar os leitores. Aliás, até acho que não se insere na linha editorial do nosso suplemento, que fez recentemente uma entrevista ao mesmo protagonista.

Mas será esta questão assim tão importante, a ponto de justificar o meu protesto?

Pelo precedente que abre, pela desilusão que constitui, pela importância que o nosso suplemento tem localmente, sim.

Esta é uma questão importante porque o jornalismo é importante para nós. Para nós jornalistas e para nós leitores – felizmente, são cada vez menos os que acham que o jornalismo é coisa de jornalistas...

Admitindo que foi um deslize, continuarei fiel leitor e irregular colaborador do nosso suplemento.

PS – obviamente que as minhas preocupações aqui manifestadas seriam as mesmas qualquer que fosse o entrevistado, do poder ou da oposição. Provavelmente, até foi apanhado desprevenido pelos contornos anti-jornalísticos da entrevista…

Vila do Conde, 17 de Novembro de 2004


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terça-feira, novembro 09, 2004

Colaboração 

Apelando uma vez mais à colaboração de todos, tenho a informar que recebemos no nosso endereço de e-mail, um e-mail, cujo conteúdo se resume ao seguinte:
"Exmos Srs, chamo-me José Carlos e estou a desenvolver um projecto comunicacional direccionado aos jornais diários portugueses. Aconselhado por um amigo meu de longa data, contactei o Primeiro de Janeiro para lhes apresentar a minha proposta. Absurda, ridícula e com um conteúdo estranho que nem vos passa pela cabeça...".

Ora, é claro que esta situação nos interessa e gostamos de saber o que, de facto, aconteceu. Nesse sentido, foi já endereçado um convite ao nosso novo amigo, no sentido de "desbobinar o que aconteceu". A sua resposta foi afirmativa e nos próximos dias, algo mais será acrescentado a este Diário.
É só aguardar e continuar a visitar-nos.

Aproveito, para além disso, para solicitar a colaboração de todos os nossos "leitores". Basta clicar naquele endereço, ali em cima do lado esquerdo e começar a escrever. Prometemos responder a toda a gente, mesmo áqueles que não merecem...

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terça-feira, outubro 26, 2004

A Multa... 

Falta dinamismo a este Diário. É verdade, sim senhor. O "pequeno" texto que a seguir se segue, é apenas um episódio daquilo que aconteceu comigo no PJ. Entendam o que quiserem e tirem as conclusões que acharem por bem. E comentem, à vontade. A gerência agradece.

De vez em quando, havia entrevistas em Vila do Conde, durante todo o dia. A única vantagem que essas entrevistas tinham, era a de que íamos sozinhos, porque o vendedor já tinha os contratos da publicidade assinados. Ele marcava as entrevistas em espaços de hora ou hora e meia entre cada uma delas e nós conseguíamos organizar o tempo todo. Algumas vezes, estava programada a última entrevista para as 18 horas e, desde as 16 que eu já estava a apanhar banhos de sol numa esplanada qualquer à beira mar. Isso só era possível quando havia grandes intervalos entre as entrevistas e, enquanto esperávamos por uma entrevista, telefonávamos para outro entrevistado no sentido de saber se ele nos podia receber mais cedo. A maioria dizia sempre que sim. E não nos adiantava de nada ir para o Porto mais cedo; se o fizéssemos, ainda tínhamos trabalho pela frente e, ali, isso não acontecia. Num desses dias que eu fui para Vila do Conde, levei um Fiat Punto cinzento que estava atribuído a um comercial. Como ele tinha ido para o Algarve, em serviço, na fantástica DV, eu levei o que lhe estava destinado. Fiz o meu trabalho e fui embora.
Passado cerca de dois meses, aparece uma multa de estacionamento, daquele Fiat Punto, precisamente em Vila do Conde. A multa referia que o carro tinha estado estacionado numa paragem de táxis. Longe de mim estacionar o carro numa paragem de táxis... não o fiz. O que acontece é que uma das secretárias do tio, me atira com o papel da multa para cima da mesa e diz-me que eu tinha que pagar aquela multa. Fiquei furioso, quando sabia de antemão o que acontecia às multas dos carros daquele jornal: a secretária enviava o questionário da multa, preenchido com os dados de um vendedor que já não trabalhasse lá. Quando vinha a multa, ela era devolvida porque não havia ali ninguém a trabalhar com aquele nome.
Como me recusei a pagar a multa, devolvi-a e a coisa ficou por ali, não se falando mais no assunto. Mais uma vez, eu tinha falado com a editora-chefe que me prometeu resolver esse "bico". Nada fez e nada disse. Mas adiante. No final do mês, isto em pleno mês de Julho, a secretária vem dar-nos os cheques do ordenado, pouco faltava para as seis da tarde. Normalmente, recebíamos dois cheques: um, equivalente à miséria do ordenado; outro cheque, era o infortúnio prémio, quando o recebíamos. Naquele mês, a secretária, dá-me um cheque de 99.76 euros, correspondente ao prémio. Nunca tinha ganho esse valor de prémio. Era sempre 24.94, 49.88 e houve, inclusive, um mês que recebi 3.49. No entanto, não me dá o outro cheque de 374.10 euros, referente ao ordenado. Sim, era esse o valor do ordenado dos jornalistas quando entrávamos para ali...
Quando lhe perguntei o motivo para não me dar esse outro cheque, diz-me que o tio precisava de falar comigo. Ele havia-me prometido fazer o contrato de trabalho e eu pensava que era por causa disso. Mais uma vez, inocente. Por volta das sete, diz-me que o tio só me dava o cheque do ordenado se eu lhe desse, em dinheiro, o valor da multa do carro. Fui ao inferno e vim, naquele instante. Quando ela me diz aquilo, eu virei-me para ela e disse-lhe:
- Então, diz ao tio que eu quero falar com ele. - Meia hora depois, entrava eu no escritório do tio, pronto para discutirmos. Não me pediu para me sentar e ali fiquei de pé, o tempo todo, a falar com ele. Pergunta-me o que quero e eu pergunto-lhe porque motivo me reteve o cheque. E, se há coisa que aquele homem sabe, é levar as pessoas na conversa. Nós podíamos entrar ali dentro com a maior razão deste mundo, que ele fazia tudo para no-la tirar e sair vitorioso. Eu não estava nessa disposição e decidi levar a minha teoria avante.
- Eu decidi não lhe pagar enquanto você não liquidar aí uma dívida de uma multa. - Uma dívida. Fiquei estúpido. Respondi-lhe que não era minha obrigação pagar as multas dos carros do jornal, quando nem as multas do meu próprio carro eu pago.
- Não paga? Vamos lá ver uma coisa. Quando você sai com um carro do jornal para qualquer lado, quem é que é o responsável pelo carro? Não é você? - Acenei com a cabeça. - Então, se algo acontece ao carro, a responsabilidade é sua, certo? E, se apareceu uma multa no carro, logo, você é o responsável e tem que a pagar, certo? - Aquela palavra, "certo", começava a dar voltas no meu estômago, principalmente pela forma como ela a pronunciava. É que nem admitia outras hipóteses. A única solução era dar-lhe o dinheiro e acabava ali a confusão. Tudo o que eu dissesse, voltava a dar ao mesmo: responsabilidade e pagamento. Mesmo retorquindo, ele acabava por dar a volta à conversa e voltava ao mesmo. O facto de ele falar sempre em responsabilidade fez com que eu lhe fizesse uma pergunta que o deixou, digamos, enervado, para não dizer, esbaforido.
- Então, suponhamos que eu vou na DV para Lisboa e, em plena auto-estrada, um maluco qualquer, atira-me para fora da estrada. De quem é a responsabilidade? - perguntei eu. Ele, habilmente respondeu que o culpado era o outro condutor. - E se, desse acidente, eu partir um braço ou uma perna, quem se responsabiliza? - Mais uma vez, muito habilmente ele me pergunta:
- O que é que aconteceu com a Sandra? - A Sandra teve dois acidentes de carro, na mesma semana, mas teve a sorte de serem os vendedores que estavam a conduzir. Esteve quinze dias de férias, mais quinze dias de baixa e o tio só lhe deu o cheque do subsídio de férias um mês depois. Quando ele me perguntou o que havia acontecido com a Sandra, eu deduzi que estaria de baixa e que a segurança social se responsabilizaria. No entanto, o que eu lhe disse a seguir, fez com que ele explodisse.
- Mas a Sandra tem contrato de trabalho; eu não tenho. - Aí, ele ficou azul de tão irado que estava.
- Mas o que é que você pensa que isto é? Onde é que você pensa que está? Julga que isto é uma empresa de terceiro mundo ou de alguma República das bananas? Quando para aqui veio, veio na condição de estagiário, certo? Logo, para todos os efeitos, você é um funcionário que está a estagiar nesta empresa. - O homem não falava; gritava de tão esbaforido. E, também eu não falei. Levantei a voz e disse-lhe - Se você o diz, quem eu sou para duvidar mas, voltando à questão anterior que é o que interessa, eu quero saber em que situação ficamos. - perguntei eu.
- Já sabe que, enquanto não nos der o dinheiro da multa, não recebe o ordenado.
- E não admite outra alternativa? Afinal, se a responsabilidade é minha, eu é que tenho de resolver esse problema, não é? E se eu tenho outra forma de o resolver, porque é que não a aceita?
- Que outra solução? - perguntou ele. Uma das coisas boas que os jornalistas têm, é haver um sindicato que, a bem ou a mal, ainda resolve algumas coisitas por nós. Isto, para quem tem a carteira profissional, claro.
- Eu tenho a carteira profissional de jornalista e, se levar o original da multa ao sindicato, eles contactam o Governador Civil e cancelam a multa. - Era aquela a minha alternativa, mas o tio não gostou de saber que eu tinha a carteira profissional.
- E quem é que, aqui dentro, lhe assinou os papeis para você pedir a carteira? - Qual era o problema, se isso tivesse acontecido, apesar de não ser essa a situação? E eu virei-me a ele de novo e respondi-lhe.
- Ninguém aqui dentro me assinou os papeis. Você acha que eu precisava de alguém aqui dentro, para me assinar os papeis? Eu não trabalho só aqui; tenho outras fontes de rendimento. Ou acha que setenta e cinco contos por mês são suficientes para alguém sobreviver? - Aliás, ele sabia que eu escrevia para outros jornais; disse-lho na minha segunda entrevista.
E lá saí eu, em direcção ao Sindicato dos Jornalistas, que por acaso fica ali perto. Contei à Maria José o que se havia passado, entreguei-lhe o original da multa e ela pediu-me que ficasse descansado que, naquele mesmo dia, a multa seria cancelada. Quando regressei ao jornal, disse a uma das secretárias que a multa ia ser cancelada naquele dia. A resposta dela fez-me sentir revoltado.
- E como é que nós sabemos que a multa foi de facto cancelada? - Para mim, naquela altura, já não se tratava de uma questão de dinheiro. Eu tinha decidido levar a minha avante e ia leva-la até ao fim.
- Por mim, podes ficar com o cheque, limpa-lo ao cu, se quiseres, porque eu não preciso dessa merda para nada. A multa vai ser cancelada hoje. Faz o que quiseres. Quando achares que me deves dar o cheque, chama-me. - Virei-lhe as costas e saí. O cheque só me foi dado passadas três semanas porque fui ter com ela e, ironia das ironias, virou-se para mim e disse:
- Ai, eu já to dei. Vou confirmar melhor, mas acho que já to dei. - Ainda por cima, gozava com a minha cara. Lá acabou por me dar o cheque, não sem antes confirmar com o tio se mo podia dar.
Entretanto e, como não sou burro, andei a investigar junto de um primo meu, agente da PSP no Porto. Qual não foi o meu espanto quando ele me garantiu que a multa já havia sido paga por Multibanco. Somando dois mais dois, a única conclusão a que cheguei foi só uma. Afinal, eles queriam que eu lhes desse o valor da multa, em dinheiro, porque ela já estava paga e, dessa forma, podiam meter o dinheiro ao bolso. Contudo, comigo, não levaram a melhor. Nos seis meses seguintes, não tive direito a prémio. Não me interessou; afinal, eu tinha levado a minha avante.

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segunda-feira, outubro 18, 2004

A minh'alma está Parva 

Nestes últimos dias tenho sabido de coisas e tenho escutado coisas que têm vindo a acontecer lá para os lados do Freixieiro (quartel-general do Departamento comercial do PJ), que me têm estarrecido a alma...
Alguém faça chegar àquela gente (não só ao director, mas também aos donos), a informação de que estamos em pleno Estado de Direito. E, por favor, alguém lhes explique conceitos tão básicos como a liberdade de expressão e de opinião.
Aquilo merece, de facto, uma investigação mais aprofundada pela nossa Polícia Judiciária...

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sexta-feira, setembro 24, 2004

Guerra?!? 

Toda a gente sabe (pelo menos, quem me conhece) que eu sou uma pessoa serena e pacata.

Com toda esta - chamemos-lhe assim -, quezília com "O Primeiro de Janeiro", apenas e tão só quero o que, por direito, é meu. Já todos o sabem; já o aqui disse por mais de uma vez.

Postas as coisas de outra maneira, se é guerra que "eles" querem, é guerra que "eles" vão ter. E depois não digam que não tiveram como resolver as coisas de uma forma pacífica.

E, com isto, me vou...

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quinta-feira, setembro 16, 2004

Justiça - Parte II 

Para além deste link que o Ricardo já aqui mencionou, podem ler a edição do Público de hoje, clicando aqui.
Em poucas palavras, a notícia resume-se a isto: Eduardo Costa (EC), supra-sumo e proprietário do diário "O Primeiro de Janeiro" (PJ), foi condenado pelo tribunal a dois anos e meio de prisão, com pena suspensa por um ano, pelo crime continuado de fraude na obtenção de subsídio. Já aqui foi falado do "Recortes da Província" (RP). Gosto do nome; soa bem e fica no ouvido, mas a realidade é bem outra. Vamos por partes:

O RP foi uma ideia que EC teve para, somando mais um jornal ao seu espólio, ir buscar uns dinheirinhos ao Estado através de subsídios e apoios por parte do Instituto de Comunicação Social (ICS). Arranjou duas ou três pessoas que recortavam (é este o termo correcto e, daí, Recortes) artigos dos mais variados jornais: JN, DN, Público, PJ e os colavam numa folha A4; posteriormente, o "jornal" montado servia como comprovativo para ser enviado ao ICS. Recebeu por parte do Estado alguns milhares de contos de apoios e incentivos.

Os CTT aparecem aqui por causa do porte pago. Na teoria, o RP era enviado aos assinantes, mas na prática, o jornal que era enviado não era esse; eram os outros jornais que, por compromissos comerciais, tinham que ser enviados aos clientes. Ou seja, um cliente pagava 300 contos de publicidade no PJ para participar num suplemento qualquer, por exemplo. Como contrapartida, o vendedor que angariava essa publicidade prometia enviar 1000 ou mais jornais a quem o cliente quisesse; bastava ceder-lhe uma base de dados de nomes e moradas. Ora, como o porte pago do PJ não chegava para cobrir tudo isso (se tivermos em conta que muitas eram as empresas que cediam os tais nomes e moradas), era necessário associar-se esse porte pago a outros jornais. E era aqui que entrava o RP. O problema é que, para que isso fosse possível, havia um alto funcionário dos CTT que encobria essa ilegalidade e que também respondeu em tribunal por essa burla, no mesmo processo que o EC.

Quando as coisas começaram a dar para o torto, EC vendeu a sua posição do RP a outra pessoa qualquer. Agora os nomes: EC chama-se Eduardo qualquer coisa Costa e ele vendeu o RP a um senhor que se chamava Costa qualquer coisa. Dá para perceber esta troca de nomes??? São cunhados, ou ex-cunhados!!!

Como ele próprio nos chegou a dizer num jantar de Natal: "Eu sou um marinheiro de água doce e, quando as coisas correm mal, eu sou o primeiro a abandonar o barco". Esclarecedor, não???

Quando as coisas vieram a público, o Público deu um grande destaque a essa notícia. Como consequência, muitos vendedores queixaram-se ao Sr. Freitas que não conseguiam vender nada porque os clientes diziam logo que tinham lido essa história do tribunal. O Sr. Freitas sossegou-os logo garantindo que tudo estava sobre controlo, uma vez que o processo estava a decorrer na comarca de Oliveira de Azeméis. Como desculpa aos clientes, os vendedores diziam que a notícia era falsa e que o EC ia processar o Público.

Parece que, afinal de contas, as coisas não correram bem para os lados do todo-poderoso EC.

Por outro lado, acredito, tal como o Ricardo afirmou, que o facto de nada ter sido publicado na edição de hoje do PJ, se dever a um impedimento de agenda. Vais ver, Ricardo, que amanhã a notícia vai sair no PJ...

E são estas pequenas alegrias que vão fazendo com os nossos dias (pelo menos os meus) corram tão bem!!! Hoje, de facto, gostei de ler os jornais...

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